quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Arca flutuante é autônoma e autossustentável...até NOÉ ficaria com inveja!!!




Arquitetura anti-cataclismas
Seu nome é simplesmente Arca.
Bastante adequado para atender à "Arquitetura de Auxílio contra Desastres", um programa lançado pela União Internacional de Arquitetos.
O projeto visa fornecer aos moradores tudo o que é necessário para que eles sobrevivam a um desastre natural, inclusive flutuar no caso de uma "repentina elevação do nível dos oceanos".
Segundo seus criadores, a Arca pode ser construída tanto em terra quanto como um barco.
Talvez não dê para levar um casal de cada animal da Terra, mas há espaço de sobra para muita gente: são 14.000 metros quadrados de área útil total.
A Arca contém um sistema independente de suporte de vida, incluindo elementos que permitem assegurar o funcionamento de um ciclo fechado, mantendo a atmosfera interior isolada do exterior.

Como na "original", a madeira é um elemento importante dessa Arca futurista: "A solidez estrutural é garantida pela capacidade de compressão dos arcos de madeira e da flexibilidade das cordas de aço," afirmam seus projetistas.

Autolimpante
A cobertura externa deve ser construída com uma película especial de ETFE (Etil tetrafluoretileno), um material forte e altamente transparente, autolimpante, reciclável e mais durável, mais econômico e mais leve do que o vidro.
As películas são fixadas à estrutura principal por perfis metálicos especiais, que servem simultaneamente como coletores termossolares, para aquecimento de água, e como calhas para captar água da chuva. Coletores solares tradicionais, fotovoltaicos, são colocados dentro do edifício.
Segundo seus projetistas, o formato de cúpula com um rolamento central na forma de um tubo permite obter uma relação ótima entre o volume do edifício e sua superfície exterior, economizando materiais e garantindo eficiência no uso de energia.
O projeto prevê a produção de quadros pré-fabricados, permitindo construir uma frota de Arcas rapidamente.
Sistema de suporte de vida
A forma da cúpula garante a acumulação do ar aquecido na parte superior do edifício. Esse calor é coletado em acumuladores de calor e em acumuladores elétricos e de hidrogênio, a fim de proporcionar um fornecimento ininterrupto de energia para todo o complexo, quaisquer que sejam as condições do ambiente externo.
O calor do meio ambiente externo - do ar, da água ou do solo - também é utilizado. Em tempos menos cataclísmicos, o edifício pode produzir energia extra a ser fornecida para casas adjacentes e para meios de transporte "verdes".
Segundo os projetistas, a Arca pode ser construída em diferentes zonas climáticas e em regiões sujeitas a terremotos, porque a estrutura inferior tem a forma de uma concha, sem bordas ou ângulos. Em caso de terremoto, a estrutura flexível de arcos e cordas permite distribuir a carga ao longo de todo o edifício.

Arca flutuante
Mesmo sendo construído em terra, a estrutura do prédio lhe permite flutuar no caso de enchentes ou de uma elevação cataclísmica do nível dos oceanos. A Arca, como seria de se esperar, pode se manter flutuando indefinidamente e manter seus habitantes de forma autônoma.
Todos os resíduos são utilizados no interior do edifício por queima ou por pirólise livre de oxigênio.
Para uma vida totalmente sustentável não poderiam faltar as plantas. O projeto já contém uma seleção de plantas para garantir beleza aos jardins, eficiência na manutenção do clima interno e produção de alimentos.
E, caso o cataclisma final não venha, os projetistas afirmam que o edifício pode ser facilmente adaptado a diferentes funções.
...compare a evolução da tecnologia, muitas vezes benéficas para o mundo e para o homem, mas também, maléfica, quando o interesse humano se torna individual, ganancioso e maldoso....

domingo, 9 de janeiro de 2011

Última fronteira intocada da Terra prestes a ser alcançada...



Vidas desconhecidas
Se algum ambiente da Terra ainda pode ser considerado totalmente intocado, este é o caso do Lago Vostok.
Até hoje "visto" apenas por radar, o lago está escondido nas profundezas da Antártica, coberto por uma camada de 4 quilômetros de gelo.
Os cientistas acreditam que ele está assim, selado e isolado do restante do macroambiente terrestre, aí incluída a atmosfera, há pelo menos 14 milhões de anos.
O que pode haver lá ninguém sabe, mas as especulações incluem formas de vida únicas, que evoluíram de forma independente.
O fato é que, o que quer que viva no Lago Vostok, são organismos muitos antigos - ou, quem sabe, formas de vida totalmente desconhecidas.
Preservação
Mas esse suspense não vai durar por muito tempo.
O Secretariado do Tratado da Antártica, o organismo supranacional que cuida da preservação do continente, autorizou a primeira captura direta de uma amostra de água do Lago Vostok.
Os pesquisadores do instituto russo AARI (Arctic and Antarctic Research Institute) já estão a postos, e esperam que sua perfuratriz atinja o até agora insondável Lago Vostok ainda em Janeiro.
A grande preocupação do Secretariado era evitar qualquer contaminação das águas intocadas do lago.
A autorização foi dada depois que os russos idealizaram uma técnica de exploração bastante engenhosa, em que a pressão da água do próprio lago irá empurrar todo o aparato de perfuração para cima, congelando-se em seguida e selando novamente o Lago Vostok.
Na verdade, a proposta foi feita em 1998. Seguiram-se etapas exaustivas em que especialistas questionavam cada chance de erro do procedimento proposto pela equipe. Mas parece que eles conseguiram convencer a todos.
Fronteira desconhecida
Agora que a autorização foi dada, os pesquisadores russos, sediados na estação que também leva o nome de Vostok, correm contra o tempo, à medida que se aproxima o fim da estação de pesquisas na Antártica.
Segundo Valery Lukin, do AARI, a base do novo poço está agora a 3.650 metros, mais ou menos 100 metros acima do lago.
"Nós primeiro vamos usar uma broca mecânica e [a mistura tradicional de] freon e querosene para atingir 3.725 metros. Então, uma nova cabeça de perfuração termal especialmente desenvolvida, usando um fluido limpo à base de óleo de silicone e equipada com uma câmera, vai passar pelos últimos 20 a 30 metros de gelo."
Embora o Lago Vostok seja bem conhecido a partir de dados sismológicos e de radar, essas informações não são precisas o suficiente para determinar exatamente a que profundidade está a fronteira entre o gelo e a superfície líquida do lago.
Mistérios do Lago Vostok prestes a serem revelados
O gigantesco lago subglacial está a quase quatro quilômetros abaixo da estação russa Vostok, de onde a saída é bem sinalizada, embora os caminhos sejam longos. [Imagem: I.E.Frolov/AARI]
Segundo Lukin, em entrevista ao jornal The Voice of Russia, os métodos geofísicos utilizados têm uma margem de erro de 20 metros.
"Assim, a fronteira gelo-água pode estar localizada entre 3.730 e 3.770 metros. Nós esperamos, mas não temos certeza que será possível, alcançar o lago durante esta estação Antártica, porque não podemos avançar mais do que 4 metros por dia, dadas as circunstâncias," relatou.
Com isso, os cientistas não conseguem prever com exatidão quando seu mecanismo automático entrará em ação e trará à superfície as amostras tão esperadas, uma verdadeira cápsula do tempo, isoladas da atmosfera e da biosfera terrestre por milhões de anos.
"Naturalmente, será um excelente material natural para desenvolver tecnologias, resolver problemas de engenharia e conduzir experimentos voltados para a busca de vida em outros planetas do Sistema Solar," completou Lukin.
Lagos na Antártica
O glaciologista russo Igor Zotikov foi o primeiro a propor a existência de lagos abaixo da superfície da Antártica.
Ele estimou que o calor do solo da Antártica fundiria o gelo, e a grossa camada de gelo acima funcionaria como uma espécie de garrafa térmica, fazendo com que a água em estado líquido se acumulasse.
Mais tarde, dados sísmicos e de radar confirmaram a existência de um gigantesco lago abaixo da estação russa Vostok. O lago, que herdou o nome da estação, tem 20 mil quilômetros quadrados de área e uma profundidade de 740 metros de água líquida.
Atualmente já são conhecidos mais de 150 desses lagos subglaciais.
fonte:www.inovacaotecnologica.com.br